quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Como ser um bom cliente bancário



Os bancos estão cada vez mais exigentes na concessão de crédito.

Se há alguns anos quase bastava estar apenas disposto a comprar casa para aceder a ‘spreads' baixos - que chegaram a ser próximos de 0% - hoje a realidade é bastante diferente. A maior restrição na concessão de crédito e o crescente malparado estão a levar os bancos a limitarem ao máximo as condições para que se seja considerado um bom cliente no recurso ao crédito à habitação.

Para ter o ‘spread' mais baixo, os clientes têm que apresentar rácios de financiamento/garantia muito baixos, subscrever um leque abrangente de produtos do banco, e ao mesmo tempo pedir financiamentos muito elevados e apresentar taxas de esforço baixas. Saiba como poderá ser um bom cliente para o seu banco.

1. Rácios de financiamento/garantia inferiores a 60%
Há uns anos garantir um financiamento de 100% do valor do imóvel não era difícil, mas hoje as condições exigidas são bem mais restritivas. Por isso, quanto maior for a entrada que der para a casa, maiores são as probabilidades de aceder a um ‘spread' mais vantajoso. Para chegar ao ‘spread' mínimo no Caixa Galicia e no Popular, por exemplo, tem de apresentar um rácio LTV (‘loan to value') igual ou inferior a 60%. Ou seja, terá de pedir um empréstimo equivalente a apenas 60% do valor de avaliação do imóvel.

2. Subscrição de produtos
Quanto maior o envolvimento com o banco, mais fácil é contratar um ‘spread' baixo. A iniciativa costuma ser da própria instituição que, aquando da negociação do crédito, sugere ao cliente a subscrição de produtos ou serviços que servem de bonificação para fazer baixar o ‘spread'. Para ter acesso ao ‘spread' mínimo, contudo, os bancos exigem a contratação de um leque alargado de produtos. No caso da Caixa Galicia, para conseguir o ‘spread' mínimo de 0,5%, o cliente terá que subscrever um cabaz de sete produtos/serviços (domiciliação do ordenado, domiciliação de pelo menos dois pagamentos regulares, cartão de débito e outros três produtos com a opção entre seguros de vida, multi-riscos habitação, de protecção ao crédito, um PPR ou uma aplicação financeira superior a 15 mil euros). Também o BBVA e o Popular exigem a adesão a pacotes similares de produtos e serviços para oferecerem o ‘spread' mínimo.

3. Montantes de financiamento elevados
Para garantir um ‘spread' mínimo não basta o rácio LTV ser baixo, como ao mesmo o montante de financiamento tem que ser alto, o que restringe ainda mais os clientes elegíveis para aceder ao crédito à habitação porque o imóvel em questão terá que ter um valor muito elevado. No banco Popular, por exemplo, o ‘spread' mínimo de 0,6% só é válido para montantes de financiamento acima de 200 mil euros e um rácio LTV de 60%. Isto significa que o valor do imóvel deverá ser superior a 333 mil euros.

4. Taxas de esforço baixas
Face ao crescendo no malparado, as condições de cumprimento dos compromissos com o crédito são cada vez mais uma preocupação para os bancos. A medida de referência para saber se é um cliente cumpridor é apresentar uma taxa de esforço inferior a 35% do rendimento mensal disponível. Por exemplo, se o seu agregado familiar receber mil euros líquidos mensais, as prestações dos créditos (habitação, automóvel, pessoal, etc) nunca deverão ser superiores a 350 euros.

Fonte: Económico

Sem comentários:

Enviar um comentário


Para saber mais clique na Imagem

ESTAMOS A RECRUTAR 3 COMERCIAIS (m/f):

Nas Zonas do Entroncamento, V.N. Barquinha, Golegã, Riachos, Chamusca, Abrantes, Tramagal.


Ligue 249 729 190 / 96 766 44 64 ou envie CV para rumo@remax.pt